Palácio el-Badi

Saímos da Praça Djemaa el-Fna por uma das portas e dirigimo-nos ao Palácio el-Badi, que ficava ali a umas centenas de metros. Este sumptuoso palácio, denominado "o incomparável" (também um dos 99 nomes de Alá), foi mandado construir por Ahmed el-Mansour, como forma de consolidar o seu poder e anular a memória das anteriores dinastias. O Palácio era constituído por 360 salas faustosamente ornamentadas com mármore italiano, granito irlandês, ónix indiano e cobertas de folhas de ouro, o que terá valido a Ahmed el-Mansour o cognome de “o Dourado”.
Depois de derrotar os Portugueses na Batalha dos Três Reis, a 4 de Agosto de 1578, o sultão ordenou a construção deste palácio, perto dos seus aposentos, que seria utilizado para recepções e audiências com embaixadas estrangeiras. A sua construção foi financiada pelos Portugueses vencidos na Batalha e prolongou-se atá à morte do sultão, em 1603. Hoje em dia, o palácio está despojado de toda a riqueza que fez dele uma das maravilhas do mundo muçulmano, pois em 1683, o mulei Ismail demoliu-o e usou os seus ricos materiais para decorar a sua própria cidade imperial, Meknès.
As coberturas faustosas desapareceram por completo, restam as paredes de adobe e alguns, muito poucos, azulejos... Do andar superior do palácio temos uma vista panorâmica sobre a medina de Marraquexe.
Quem se delicia com a sua vista são as dezenas de cegonhas que nele nidificaram e acabam por dar alguma vida e beleza ao local.

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