Camping Diamant Vert, Fez

Chegámos às imediações de Fez e procurámos o Parque de Campismo Diamant Vert, que ficava a poucos quilómetros da cidade. Não foi difícil encontrá-lo e ficámos logo deslumbrados com o lugar, fazia jus ao nome e tinha verde por todo o lado: muitas árvores, espaços relvados e jardins. No meio do arvoredo, um grande lago artificial estendia-se ao longo do parque.
Montámos a tenda e fomos dar uma volta para conhecer o parque, que nos parecia extenso. E era mesmo. Ao fundo da zona de campismo tinha várias piscinas e escorregas dos quais podíamos usufruir. Era uma espécie de parque aquático, muito concorrido durante os meses de verão, segundo nos informaram na recepção. Havia umas 7 ou 8 piscinas, algumas com escorregas, outras infantis, mas a maior parte ainda vazia e em manutenção. Apenas uma grande piscina se encontrava aberta e falámos logo em passar por lá no dia seguinte, durante a tarde, pois o sol já se estava a pôr e estava um tanto ou quanto fresquinho para mergulhos.
Continuámos o nosso passeio até ao restaurante do parque, que mais parecia um salão de baile. Na parte exterior havia um palco fixo, com um pequeno anfiteatro, onde se deviam fazer grandes festas no verão. Um pouco mais à frente um repuxo em forma de pirâmide jorrava água por todos os lados.
Atravessámos a ponte do lago e demos com um parque infantil, onde não resistimos a andar nalguns baloiços e tirar a foto para a posteridade. A passear pelo parque, com a maior naturalidade, viam-se alguns animais, essencialmente patos e gatos. Aproximavam-se de nós, sem qualquer receio, demonstrando estarem já bastante habituados aos campistas.
No Parque de Campismo de Meknés tivémos um "Cão Danado", neste tivémos um "Pato Bravo"...

Voltámos para a tenda e começámos a fazer o jantar, que já se fazia tarde. Preparámos uma bela pasta de atum e cogumelos e deliciámo-nos a comer. A noite estava a cair e aqui e ali, ao longo do lago, ouvia-se uma ou outra rã a coaxar. Um gatinho branco e amarelo aproximou-se da tenda e andou a meter o bedelho no alguidar da louça. Decidimos, então, adoptá-lo por dois dias. Ainda tivemos a tentação de o trazer, mas achámos que poderia haver algum entrave na fronteira. Afinal de contas, era mais um imigrante clandestino sem qualquer documento, que abandonaria África e tentaria entrar na Europa...
O som das rãs, à medida que anoitecia, foi-se tornando cada vez mais intenso e à hora em que nos fomos deitar era já ensurdecedor... Como é que íamos adormecer com aquele barulho surreal de dezenas (ou centenas) de rãs!?! Não foi fácil e aqui fica uma pequena amostra (gravada no interior da tenda...). Só ouvido, contado ninguém acredita...

1 comentário:

Unknown disse...

Bom dia
Gostei muito do vosso relato por terras marroquinas, e pretendo lá ir em breve, também. Uma pergunta; para os campings é necessario carta de campista? Ou só passaporte? Ou qq outro documento?
Obrigada
Graça