A solução do canhão

Apesar de termos atravessado o estreito de Gibraltar e de termos chegado ao imenso continente africano, ainda estamos na União Europeia... Atracámos no ainda-e-talvez-para-sempre enclave espanhol que, tal como Melila, um pouco mais a leste, é uma das possessões espanholas no Norte de África (e acham eles que têm legitimidade para reclamar Gibraltar aos Ingleses).
Demos umas voltas pela movimentada cidade que foi, outrora, uma colónia portuguesa. Os vestígios lusos ainda se fazem notar, mas o caos é tanto que já se nota que estamos no Norte de África...
Ainda com a situação do canhão da fechadura por resolver, parámos junto a um polícia que, na impossibilidade de encontrarmos uma oficina aberta, em Ceuta, a um domingo, nos aconselhou vivamente a não entrar em Marrocos. A possibilidade de ficar uma noite em Ceuta não fazia nem iria passar a fazer parte dos nossos planos e foi hipótese que não pusemos. O objectivo era passar a primeira noite em Chefchaouen e era para lá que íamos.
Eis que o Arménio teve uma das suas ideias brilhantes que resolveu o problema da fechadura para todas as férias: tirar a placa de acrílico que separa os bancos da parte traseira do comercial (ainda por cima era de encaixe, nem tínhamos de desaparafusar nada), entrar pelo porta-bagagens, trancar as portas por dentro e utilizar a fechadura do porta-bagagens para fechar o carro. Esta operação passar-se-ia a aplicar também, como é óbvio, para a abertura do mesmo. Problema resolvido!
E foi ver-nos durante toda a viagem, alternadamente, a fazer uma ginástica significativa para entrar e sair do carro através de um porta-bagagens repleto de tralha...

1 comentário:

Anónimo disse...

Inspirada pelo teu post sobre as conquistas portuguesas e o chico-espertismo do tuga que resolve todos os problemas ocorreu-me que se deve cantarolar:

Da Vinci - Fui Conquistador

http://www.youtube.com/watch?v=4yuQD-hMKUg

:)

p.s. Arménio, não te estou a chamar chico-esperto mas sim desenrascado :P