Volubilis, civitas romana

Saímos de Chefchaouen ao início de uma tarde cinzenta, em que caía a chamada "chuva molha parvos"... Fomos seguindo por uma estrada nacional cheia de curvas, ao longo dos montes e vales do Rif. O destino era Meknés, a primeira das cidades imperiais que visitaríamos, no entanto, íamos fazer um pequeno desvio até às ruínas da cidade romana de Volubilis.

A antiga cidade de Volubilis foi povoada e começou a prosperar com os reis mauritanos, do séc.III a.C. até ao ano 40 d.C.. Quando a Mauritânia foi anexada ao Império Romano, em 45 d.C., pelo Imperador Cláudio, Volubilis ascendeu ao estatuto de municipia e tornou-se uma das mais importantes da província Tingitana.

Hoje ainda é possível identificar (dentro do possível e com a ajuda de indicações dos arqueólogos) uma boa parte dos edifícios públicos e privados, no entanto ainda há vastas áreas para investigar. As escavações, que começaram em 1915, ainda só contemplam o centro da cidade, que se encontrava intra muros.

Porta de Tânger: a porta a noroeste, onde se inicia a Via Decumanus Maximus, a principal da cidade que culmina no Arco Triunfal.
Arco Triunfal: com mais de 8 metros de altura, este arco foi, segundo a sua inscrição, erguido em 217 d.C. por Marco Aurélio.
Via Decumanus Maximus: com 400 metros de comprimento e 12 de largura, esta via atravessa a cidade desde a Porta de Tânger até ao Arco Triunfal.
Aqueduto: trazia água de Ain Ferhana, uma nascente a cerca de 1 km, para os balneários e fontes.
Forum: data do século III, era o ponto central da vida pública e da administração, lugar de reunião e de negócios.

Basílica: local onde se reunia o Senado, de trocas comerciais e tribunal.

Capitólio: local de culto, onde se realizavam rituais públicos em honra de Júpiter, Juno e Minerva.
Casa das Colunas: disposta num enorme pátio com um lago ao centro.
Apesar de ter sido despovoada, a cidade de Volubilis, hoje em dia, está habitada pelos chamados "okupas", habitantes que aproveitam os espaços da forma que melhor lhes convém, preservando-os e dando um pouco de vida à civitas morta...

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